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Dia da Terra

Autor(a):
Editora Editora MEMO
Publicado em 30 de março de 2022
Tipo de Publicação Digital
Nº de páginas 26
Idioma Português

O dia 30 de março de cada ano coincide com a memória do Dia da TerraEterna, o dia em que as massas palestinas celebram em todos os seuslugares de existência, com uma greve geral e atividades populares paraenfatizar o direito do povo palestino, o apego à sua pátria, terra e identidadediante de uma ocupação que não poupa esforços ou meios paraextrair esse povo de sua terra e a terra de seus proprietários. É o dia emque os árabes palestinos nas áreas ocupadas de 1948 se levantaramcontra as medidas arbitrárias das autoridades de ocupação israelensesdestinadas a confiscar suas terras na região da Galiléia no contexto doplano israelense de colonizá-las e judaizá-las, dispersando o maior ajuntamentode palestinos nas terras de 1948 para enfraquecer sua luta,comunicação e força.

Esses eventos foram o primeiro levante do povo palestino dentro das terrasde 1948, por isso encontraram grande apoio e impulso dos palestinose árabes. Essa centelha que começou há quarenta e seis anos continuaaté hoje, enquanto a ocupação continua confiscando terras e pratica suaspolíticas racistas de assassinato e terrorismo contra o povo palestinovisando mantê-los longe de sua terra e pátria. Este dia tornou-se umaocasião nacional palestina. Desde 1976, os palestinos revivem o Dia daTerra, em 30 de março de cada ano, para enfatizar sua adesão à sua terra.O Dia da Terra é considerado o dia de luta mais importante que os palestinosde 1948 travaram, um marco em sua história desde os acontecimentosda Nakba, em termos de seu caminho de sobrevivência, filiação,identidade e relações gerais de seus irmãos palestinos e árabes com oestado da entidade sionista. Apesar de as autoridades israelenses realizarematos de deslocamento e limpeza étnica, cerca de 150.000 palestinospermaneceram nas terras de 48, que possuíam cerca de dois milhões dehectares, e logo a cidadania israelense e as carteiras de identidade foramimpostas a eles, chegando ao seu clímax no início de 1976.Os palestinos da Galiléia perceberam as dimensões desse esquema e seuperigo para sua presença em sua terra e a preservação de sua identidadeárabe e, por isso, se uniram em uma revolta popular massiva que setransformou em confrontos com as forças de ocupação em meio a umagreve geral. Os confrontos resultaram na morte de seis mártires por balasde soldados inimigos, mas o povo palestino conseguiu, por sua unidade,seus sacrifícios e determinação em frustrar o esquema de assentamentojudaizante para a Galiléia Palestina ocupada, provar que preservar a terraPalestina exige luta e sacrifícios, e que o inimigo não pode ser dissuadidoou forçado a recuar de seus planos expansionistas, a menos que enfrenteuma forte resistência e o apoio popular difícil de quebrar.

Sobre o(a) autor(a)

Abdullah Omar

Jornalista e crítico palestino, nascido em Ramallah, especializado em Gestão Esportiva pela FIFA/CIES. Colaborador do MEMO, escreve em inglês, árabe e português.

Mais sobre o(a) autor(a)
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