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Uma leitura política do cenário sírio (1970-2022)

Autor(a):
Editora Editora MEMO
Publicado em 5 de fevereiro de 2022
Tipo de Publicação Digital
Nº de páginas 13
Idioma Português

Desde que o regime da família al-Assad tomou o poder na Síria, no início dos anos 70, todas as instituições nacionais do país começaram a declinar, seja através de seu desempenho, que atingiu níveis sem precedentes de queda, seja pela corrupção administrativa. Sem transparência, o Estado fracassou em implementar o seu papel. A falta de democracia contribuiu para a ruptura dos poderes e competências das instituições estatais e confiscou o poder de decisão também das instituições legislativas e judiciais. O chefe do regime tornou-se a única pessoa autorizada a tomar decisões em cada junta do Estado, adotando uma agenda política repetitiva e exaustiva, controlando o processo eleitoral, com as forças de segurança do regime sírio induzindo à reeleição e ao direito a novos mandatos presidenciais.

Na sequência da onda de revoltas populares em outros países árabes, durante a Primavera Árabe, o regime sírio não aceitou os pedidos de sua população por democracia, respondendo às manifestações pacíficas de forma truculenta.

A grande revolução popular logo se tornou um conflito armado diante da repressão do governo sírio. Após o regime ordenar ataques militares a áreas civis, o resultado foi a fragmentação do exército com um grupo de oficiais que haviam desertado anunciando a criação do Exército Sírio Livre (FSA), com o objetivo de retirar o Presidente Assad do poder. Como os contínuos ataques das forças governamentais aos manifestantes, o Exército Livre cresceu em número e passou a atacar bases do exército e quartéis-generais de inteligência. Os combates entre o exército do regime e o Livre se tornaram disseminados levando a uma guerra civil, na qual Bashar Al-Assad conseguiu o apoio da Rússia, Irã e Turquia.

O conflito na Síria destruiu o país, obrigando mais de cinco milhões de pessoas a fugirem, levando a uma crise de refugiados na Europa. Na ONU, a comunidade internacional tenta chegar a uma solução que possibilite o retorno dos refugiados, mas, ao que tudo indica, será um longo processo até que isso aconteça.

Sobre o(a) autor(a)

Ahmad Alzoubi

Jornalista , é doutorando no Programa de Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, estudando a relação entre palestinos na América Latina e a função da mídia na preservação de sua cultura e identidade. Publica artigos sobre aspectos das relações entre países da América Latina e a causa palestina e, em particular, sobre essas...

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